Enquanto isso… quase é Páscoa!

Nessa última semana de minhas férias passei alguns dias na casa de praia de meus pais. Eles estão sempre inventando algo, são muito ativos. Exemplo, sempre.
Minha mãe já estava inventando pra Páscoa.
São casquinhas plásticas, revestidas de crochê. Há algumas semanas mostrei pra ela meu painel de Páscoa no Pinterest [coisa rápida, depois ela nem olha mais…] e ela experimentou. Na foto só tinha duas prontas, mas quando saí de lá já eram várias!
Além das casquinhas, um pote revestido. Dá pra encher de doces de Páscoa também!
Mesmo na praia eles têm tudo que precisam para não parar. As duas máquinas – a de costura comum e uma overlock – estão lá e ganharam uma nova mesa para aproveitar melhor o espaço. Meu pai fez  e instalou um tampo para ajustar as duas. E ainda improvisou gavetas, com vasos plásticos!
A edícula, sempre em transformação como se vê na foto, ganhou toldos para proteger do sol forte de tarde.
E os girassóis semeados por lá este ano ganharam tonalidades muito diferentes!

E estes são os girassóis que permanecem o ano todo na praia! [veja aqui, quando pintamos]

E enquanto isso fiz uns fuxicos para algo que estou planejando aqui em casa… Preciso de 80, estou quase no fim!

Esse post participa da inauguração da BC A Semana, lá na Fernanda Reali.
E vai também para a Casa, corpo e cia.
 Fernanda Reali

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Marceneira de 1ª !!!! Antes e depois.

Minha irmã Liliana, já falei muito por aqui, tem muitas habilidades. Mas dessa vez ela se superou e deixou a família inteira de boca aberta!
Meu sobrinho cresceu e a Liliana já não aguentava mais viver o compridão subir a cama beliche e ficar “dobrado” lá em cima. Aí encarou mudança radical do quarto, utilizando os mesmos móveis. Era preciso transformar o “armário bloco” em aéreos, pra dar dar lugar à cama no chão…
E foi isto ELA FEZ – não mandou fazer, nem chamou marceneiro ou marido… juntou as ferramentas, planejou e executou tudinho.
Na imagem, o antes e o depois. Pelos números indicados, dá pra ver o que ela desmontou e juntou de outro jeito….
Não é fantástico?!
Liliana dá lição de economia doméstica… e de muita determinação!!!

Novidade = antiguidade!

Na casa de praia de meus pais sempre tem novidade. A maior delas, dessa vez, foi encontrar uma máquina de costura Leonam que minha mãe resgatou, praticamente, do lixo! Levou-a para um técnico que viu que estava inteira e que poderia ser adaptado um motor. Pois bem, foi o que ela providenciou!
Vejam só a relíquia! Pelas contas, tem entre 50 – 60 anos!
E meu pai tratou de trocar a parte de madeira, que estava apodrecida… e agora ela tem uma máquina pras costuras dela lá na praia também!
E enquanto ela cuida da organização, da decoração, das flores… meu pai trata da manutenção, da grama, inventa peças em marcenaria… e assim eles mantém esse espaço de férias sempre no maior capricho! Hoje, antes da chuva, foi a vez de colocar terra para fortalecer a grama… aí o pátio dos fundos…!
Postei no Mosaico

Agradável e saudável!

Continuando a postagem anterior sobre as criações de meus pais na casa de praia, mostro a mesa que fizeram para área da churrasqueira. Simples e na altura que permite sentar com as cadeiras de praia. E aqui, um momento de almoço – agradável e saudável!
Detalhe do cardápio – como sempre, feito por minha mãe – da típica culinária alemã, um molho frio, com creme de leite e sardinhas cruas em conserva (pescadas por meu cunhado!) e tudo regado a um bom vinho da serra gaúcha.
Aproveitando os dias de chuva, minha mãe preparou material para o grupo de mulheres que ela conduz em uma comunidade. Precisam ser motivos simples – nesse caso, de patchcolagem. Assim, algumas fazem o bordado-contorno da aplicação e outras o crochê.
E mais um cantinho no jardim…
Esse post está na link party
OurBodiesHisTemple

O que se faz em 2 semanas…!

Nesse fim-de-semana voltei para a casa de praia de meus pais – sobre a qual fiz algumas postagens durante as  férias por aqui. E nessas duas semanas, muita coisa aconteceu por aqui. Continuam inventando, criando e deixando esse cantinho cada vez mais gostoso, cada vez com mais cara de ninho de família.
Aquelas janelas diferentes, ganharam floreiras – meus pai as fez, minha mãe garantiu as florzinhas.

Essas janelas são da casa. No fundo do terreno, como eu falava nas outras postagens, tem um anexo. A parte central desse anexo era uma área aberta – que agora está com grandes portas de vidro. Resolveram fechar para aproveitar melhor o espaço, também nos períodos de inverno, chuva … ou até para que, com a grande família por aqui, se possa colocar colchões à noite…

Era assim (minha mãe não vai gostar de ver essa foto de um momento em que estava bagunçado!):
E agora, está assim:
E o mais legal é a história da cortina! Minha mãe costurou uma cortina de chita, para que se possa fechar para proteger do sol ou para o caso de ter gente dormindo em colchões. Feita a cortina, precisavam providenciar o trilho – e queriam um trilho de 6 metros para não ter emendas. Pois bem, foram procurar aqui nas ferragens da praia – encontraram numa que fica há uns 2 km. Trazer no carro, não daria. Pagar frete para um trilho, seria absurdo – então, trouxeram caminhando – um em cada ponta do trilho! Deve ter sido uma cena ótima. E, pra completar, passaram no mercadinho e ainda trouxeram junto com o trilho uma sacola de compras e uma melancia!
Mas o espaço ficou ótimo. Além das vantagens já mencionadas, outros cantinhos foram organizados nese espaço.
Meu pai fez uma bancada para os notebooks (de onde escrevo agora!) e para um videogame de mil novecentos e antigamente, mas que permite muita diversão… Uma instalação com várias tomadas, de diferentes tipos, para carregar celulares e demais equipamentos.
E a máquina de costura também veio para cá – e ganhou apoio numa banqueta que servia de apoio para os pedreiros na construção…
E tem mais criações que encontrei por aqui nesse findi, mas deixarei para o próximo post, para que este não fique tão longo.
É domingo à noite, a semana será cheia – não sei em quando será o próximo!
Mas fiquem todas(os) bem – boa semana!

Com quantos pauzinhos se faz um portão?

Faz tempo que eu precisava mandar fazer três portões para proteger pets e crianças na descida da escada e saídas para o terraço aqui em casa. Não sabia bem como fazer – se de ferro, de madeira, se mandava fazer ou comprava aqueles prontos… e nesse fim-de-semana voltei para casa com os três!
Uma das camas da casa de praia, feita pelo meu pai marceneiro nas horas de folga, estava com um estrado provisório – as “ripas” eram muito estreitas. A propósito, essa cama é interessante para a praia – é uma cama baú, que permite guardar coisas sob o estrado, mas mantém o espaço bem ventilado, evitando umidade e mofos…

Continuando: meu pai sabendo que eu precisava dos portões, pediu que eu tirasse as medidas…resultado: a cama ganhou novo estrado e o estrado virou portões! E o mais legal foi acompanhá-lo na madereira e depois até um marceneiro que cortou as peças (do novo e do antigo estrado!) no tamanho certo. Aquele cheirinho de madeira cortada, aquela “bagunça” de marcenaria… e depois ajudei a montar as peças.
Eis os portões, logo após a montagem.

Agora falta pintar, instalar, etc – e depois de prontos, mostro pra vocês!

Texturas, cores e flores

Continuando…!
Ainda mais uma postagem da casa de praia. Perceberam que é tudo muito simples – mas talvez por ser o primeiro veraneio aqui e também por que é muito bom estar com pai e mãe e filha por perto, tudo tem um significado especial…
Nessa postagem, um pouco da parte externa da casa e do pátio.
As janelas da frente da casa são um capítulo à parte. Minha mãe não queria persianas. Mas também não dava pra deixar só o vidro das janelas. Para ficar um pouco mais reservado e seguro, deu a ideia – e meu pai fez o projeto e a execução das “grades”, com sobras de antigos estrados de camas (que também tinham sido feitas por ele…). E acho que ficaram bem interessantes!
Essa foto me fez lembrar a linda postagem da Regina, em seu Blog Casa de Retalhos. A postagem dela traz janelas lindíssimas – mas lembrei principalmente pela referência que ela faz às lembranças – e essa janela já é carregada de significados…
Falei em texturas no título pelo fato de que o pátio tem diversas “texturas” – e entremeadas com hortas e flores!
Tem a grama…quem curte, principalmente, é a Kimy!

Têm as pedrinhas, o tronco separando texturas, as “Onze-horas”!

Tem o “cantinho do girassol” – um dos meus preferidos, no qual minha mãe fez um “mosaico” com as pedras que sobraram da fundação!

E o caminho das pedras… com uma das hortinhas de temperos e chás!!!

E, ainda, os canteirinhos em volta das árvores que, um dia, farão sombra!

E, para concluir essa “série casa de praia” e lembrando Saint Exupéry diria que o essencial, mesmo, é invisível aos olhos…

Tatuagem no pé da Kerstin, com a frase de Exupéry (em alemão).

Casa de praia…e de mãe e pai, é tudo de bom!

No finalzinho de 2009 meus pais resolveram novamente construir uma casa na praia. Digo novamente por que tínhamos uma na minha infância e adolescência em Santa Catarina – aí nos mudamos para o Rio Grande do Sul, a casa ficou longe e a vendemos (hoje o dono é o Hugo, aquele tio que cria com resíduos da natureza…). Após terem se mudado para um apartamento (meus pais), acho que voltaram a ter vontade de ter casa, pátio, espaço para cuidar – e aí veio a ideia de uma “casinha” na praia. Era pra ser só um “ranchinho” sobre o terreno. É pequena, mas mais que um “ranchinho”.
É a “cara” deles – e, como sempre, tudo planejado por eles e quase tudo feito por eles – e com muita ajuda da minha irmã Carol e meu cunhado – mas também nós, as outras filhas, pudemos ter o prazer de dar algumas ajudinhas! É claro, não posso deixar de mostrar essa criação deles…!

Começo pelo móveis e costuras em alguns cantinhos da casa.
A mesa e o banco feitos pelo meu pai. As almofadas, pela minha mãe.

Era pra ser tudo simples e com pouco $. E usando da criatividade e imaginação. Assim, num sábado, após medir, calcular e comprar algumas pecinhas – ademais utilizou-se sobras da construção – saiu o balcão da pia e as estantes da cozinha, feitos pelo meu pai (marcenaria é atividade de lazer) e ajuda de meu cunhado.

Ainda na cozinha, também as estantezinhas feitas por meu pai há uns anos atrás serviram agora para organizar utensílios.

As cortinas azuis também ficaram alegres nas janelas da cozinha.

Precisava espaço para a TV ou para apoiar frasqueiras num dos quartos. Minha mãe, na rapidez e praticidade dela, pediu pro meu pai recortar umas tábuas, que ela “encapou” com um tecido estampado – é claro, combinando com as cortinas cor de laranja que ela costurou e já estavam ali também,alegrando o ambiente!

O detalhe da cortina…

Ah! E para garantir que laranja (da cortina) e rosa pink (do ventilador) combinem, nada melhor do que as coloridas roupas de cama costuradas pela minha mãe também…

No dia em que cheguei para as férias, no dia 31/12, meu pai estava terminando um balcão e um porta espetos, ao lado da churrasqueira. Ainda pude ajudar um pouco, pelo menos pintando o balcão…

E para terminar essa postagem: sabe aquela mesa que o pessoal de obra faz para apoiar ferramentas, cortar, pregar? Revestiram e colocaram no terraço do anexo que fica na parte dos fundos do terreno! E aqui tornou-se um ótimo lugar para novas CRiações!

É desse terraço que escrevo nesse momento – e olhando uma gostosa chuva cair…

A família ensinando a CRiar

Gostar de Basteln* é algo que não é recente. Desenvolveu-se ao longo de minha vida e foi influenciado e motivado, principalmente, pela família.
Tanto do lado paterno como materno, vários familiares tinham habilidades manuais ou artísticas. Ver seus trabalhos, seu gosto por “fazer mesmo”, certamente foram aspectos que me encantaram sempre.
Handarbeit** em família: Vozinha fazendo crochê, Opa e minha irmã me ajudando a fazer um panô de ponto esmirna, cuja ideia de formas e cores foi da minha mãe! (1975)
Definitivo para desenvolver a habilidade, no entanto, foi a motivação da família por meio da aquisição de materiais e da valorização do resultado. São meus pais os grande motivadores das CRiações em família, lá em casa! As habilidades de ambos são muitas, mas destaco algumas delas.
Em casa, eu via o tricô e a costura que minha mãe fazia. Todas as nossas roupas e os blusões eram feitos por ela – e continuamos, nós e nossos filhos, ganhando muitas peças tricotadas e costuradas por ela. Também as cortinas, as roupas de cama… Utiliza ainda o crochê e o bordado, principalmente para complementar suas CRiações em costura e crochê. Ao lado desses trabalhos, que nunca deixou de desenvolver, hoje tem o gosto pelas velas e as cria para presentear e vender – ver aqui.
Meu pai nas horas de folga, gosta de marcenaria – e fez muitos dos móveis em todas as casas em que eles moraram e nas casas de veraneio – também para nossas casas faz peças específicas. Mas só na família. Sempre encontra a parceria de um marceneiro de profissão e, quando não faz os móveis, participa de perto na atividade dos marceneiros ou busca a sua ajuda em detalhes e inovações. Após a aposentadoria desenvolveu e aceita encomendas na área de digitalização – ver aqui.

Do lado materno, meu avô, o Vozinho, foi sapateiro e lembro bem de estar na sapataria e vê-lo, artesanalmente, “fabricar” os calçados de couro; a Vozinha, fazia crochê e fazia flores para fazer buquês e também para coroas.
Do lado paterno, lembro que o Opa, já aposentado, dentre outros, bordava; a Oma também bordava e fazia crochê, aquele com agulha e linha bem fina!
Aos 8 anos ganhei uma máquina de costura – era brinquedo, mas funcionava para fazer as roupas das bonecas! (1972)
* Basteln = fazer trabalhos manuais, artesanato
** Handarbeit = trabalho manual